Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Por Alex Sandro Alves para o Blog O Escritor Dislexo
Marco Marcondes era jovem, idealista e inquieto. Crescera em uma cidade onde os muros eram altos, mas as consciências baixas. Ligava a televisão acessava as redes sociais e via sempre os mesmos rostos: homens engravatados, líderes que falavam em nome da ordem, mas viviam em meio ao luxo e à hipocrisia. Eram do tipo que repetiam o velho mandamento: “faça o que eu mando, não faça o que eu faço", Pois eu posso e vocês não.
Marco não aceitava. Caminhava pelas ruas e via crianças famintas, trabalhadores exaustos, idosos esquecidos. O contraste entre a miséria e os palácios dos poderosos que enriqueceram não por meritocracia mas por fazer parte do "sistema' lhe queimava os olhos. Decidiu que não seria mais um membro do gado obediente, nem membro do cardume de sardinhas. Resolveu desobedecer — não por capricho, mas por justiça.
Começou pequeno: discursos inflamados em praças, textos publicados em jornais independentes, bloco gs, podcasts, lives, denúncias contra os abusos que todos fingiam não ver, não ouvir e nada se pronunciar. Sua voz cresceu, ecoou, incomodou. E quanto mais falava, mais os "donos" do poder se sentiam ameaçados.
Esses homens, viciados no afrodisíaco do mando, não toleravam rebeldes. Para eles, Marco era perigoso não por suas ações, mas por sua coragem de dizer a verdade. Então decidiram esmagá-lo.
Primeiro, mancharam sua reputação: espalharam boatos, inventaram crimes, transformaram seu nome em sinônimo de desordem. Depois, vieram as perseguições, os processos, as ameaças veladas. Até que, finalmente, o prenderam.
Na cela fria, Marco compreendeu o peso da tirania. Não era apenas contra ele: era um aviso para todos. O sistema precisava de exemplos, e ele fora escolhido. Um mártir involuntário, usado para ensinar aos demais que desafiar os senhores da pirâmide custava caro.
Rogério Martino, seu amigo e companheiro de luta, também foi vítima. Sofreu humilhações, perdeu o trabalho, foi expulso da vida pública. A tirania não se contentava em calar uma voz; precisava destruir todas as que ousassem ecoar.
Até hoje em pleno século 21 continuam acl de vez em quando surgirem novos "Marcos e e Rogerios" e "os senhores do poder' os colocando:em situações desumanas como exemplo que as massas devem a cada geração reaprender: Manda quem pode obedece quem tem juízo.
Fim
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