O sabor da felicidade - jantar, agradecer e ter um romance


Numa cidade pequena e charmosa do interior, vivia Elisa, uma chef apaixonada por transformar refeições em momentos especiais. Toda sexta-feira, ela organizava um jantar aberto em sua casa, onde qualquer vizinho podia aparecer — com ou sem convite.

Certa noite, em meio ao aroma de lasanha de abobrinha e pão de fermentação natural, apareceu Lucas, um jovem fotógrafo recém-chegado à cidade. Sentou-se tímido, mas curioso, e foi recebido com sorriso largo e um prato fumegante.

Durante o jantar, Elisa propôs uma tradição: antes da sobremesa, cada pessoa deveria agradecer por algo vivido naquela semana.

Alguns agradeceram pela chuva que encheu os reservatórios. Outros, pelo abraço do filho depois de um dia difícil. Lucas, com a voz embargada, agradeceu por ter encontrado um lugar onde desconhecidos ofereciam afeto sem esperar nada em troca.

Ali, entre copos de vinho, risos e torta de maçã, nasceu algo delicado entre Elisa e Lucas — não um romance de cinema, mas daqueles em que um gesto simples como lavar a louça juntos se torna íntimo.

Com o tempo, eles começaram a preparar os jantares em dupla. E logo entenderam: o segredo da felicidade não estava em grandes conquistas, mas em três atitudes:

- Cozinhar para nutrir, não apenas alimentar.  
  Preparar uma refeição com cuidado é oferecer amor em forma de sustento.

- Agradecer para reconhecer a beleza do cotidiano.  
  Gratidão transforma o que temos em suficiente — e o suficiente, em abundância.

- Cultivar o romance como gentileza cotidiana.  
  Romance está nos detalhes: lembrar como a outra pessoa toma o café, guardar uma flor entre páginas do livro, ou simplesmente escutar com atenção.


💡 Moral prática:  

Felicidade não é uma fórmula mágica — é cultivar presença, compartilhar momentos e valorizar o agora. Um jantar pode ser só comida... ou pode ser um ritual de conexão. A gratidão é a lente que revela o que já temos. E o romance, quando vivido com afeto e simplicidade, transforma o ordinário em extraordinário.

FIM

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