O Mendigo da Marmita

🍶 Conto: O Mendigo da Marmita

Na esquina da rodoviária, entre cheiro de gasolina e pastel requentado, vivia Zé Barriga — um mendigo conhecido por sua arrogância e língua afiada. Sempre com uma garrafa de cachaça pela metade, ele se achava mais sábio que qualquer doutor, e dizia que o mundo lhe devia respeito.  

Certa tarde, um homem de terno passou apressado, carregando uma sacola de marmita. Zé, com os olhos turvos de álcool, confundiu o sujeito com outro que, dias antes, havia prometido pagar-lhe uma refeição e sumira sem deixar rastro.  

— “Ah, então é você, miserável! O ingrato que me deixou de barriga vazia!” — gritou, tropeçando nas próprias palavras.  

O cliente, assustado, tentou explicar que não o conhecia. Mas Zé não quis ouvir. Levantou o dedo trêmulo e, como se fosse um profeta embriagado, lançou sua maldição:  

— “Que tua marmita nunca mate tua fome! Que cada garfada te lembre da injustiça que fez comigo!”  

O homem, sem entender nada, se afastou rápido, deixando Zé rindo sozinho, satisfeito com sua “vingança”.  

Naquela noite, porém, o mendigo sonhou com uma mesa farta, mas cada vez que tentava comer, a comida virava poeira em sua boca. Acordou com o estômago roncando e percebeu que sua própria maldição havia se voltado contra ele.  

Desde então, Zé Barriga passou a ser conhecido como “o mendigo que amaldiçoa marmitas”. Alguns riam, outros se afastavam, mas todos sabiam: sua arrogância era tão grande quanto sua fome.  

FIM 

Epilogo:

Fiz este conto após minha ida a um restaurante perto da residência de minha mãe para comprar 2 marmitas e um homem bêbado e talvez sobre efeito de drogas ilícitas ouviste possuído por entidades malignas que estava incomodando os clientes pedindo ajuda com doação de marmitas, me confundiu com alguém que não lhe deu marmita, me almaldiçoando para que eu fosse para um lugar ao contrário do paraíso...




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