O Campeonato Paranaense de Mentiras edição 2026



O ano era 2026. Curitiba amanheceu com um ar diferente, uma mistura de empolgação e desconfiança pairava sobre a cidade. No imponente Teatro Guaíra, acontecia o tão esperado Primeiro Campeonato Paranaense de Mentiras, uma disputa entre os maiores contadores de histórias do estado, cada um representando sua comarca e tentando convencer o júri e o público de que sua mentira era a mais criativa e absurda.  

Logo na abertura, o apresentador, um ex-prefeito que jurava ter vencido todas as eleições sem gastar um centavo em campanha, deu boas-vindas aos participantes. O júri era composto por três figuras emblemáticas: um pescador de Paranaguá famoso por dizer que pegou um marlim de 500 quilos com um anzol de papel, um taxista de Curitiba que garantiu ter levado o Michael Jackson para o aeroporto em 1993, e uma senhorinha de Londrina que jurava ter criado um pé de café que dava grãos de ouro.  

O campeonato...

Naquele primeiro de abril iniciou uma nova tradição na capital, iniciava o Primeiro Campeonato Paranaense de Mentiras – Edição Épica 2026  

O Teatro Guaíra estava lotado e o evento seria transmitido pela TV e redes sociais. Curitiba com um clima estável e acolhedor, o dia foi fresco e ensolarado e a noite agradável para nordestinos e gaúchos. 

O primeiro a se apresentar foi Seu Zeca Bento de Apucarana, que afirmou ter ensinado um sabiá a cantar ópera e que o pássaro, inclusive, já estava cogitado para abrir o Festival de Teatro de Curitiba.  

De Campo Mourão, veio Dona Jurema, dizendo que uma vez plantou um pé de feijão e, em três dias, ele cresceu até tocar as nuvens, onde encontrou um gigante que gostava de chimarrão.  

De Cascavel, surgiu Tonico, que garantiu que certa vez um tornado passou pela cidade e organizou todo o trânsito, eliminando os engarrafamentos para sempre.  

De Cianorte, um jovem chamado Pedro contou que já viu uma onça-pintada jogando truco com um grupo de capivaras às margens do rio.  

De Cornélio Procópio, veio Seu Duda, que jurava que inventou um sistema que permitia conversar com as formigas e que elas lhe davam informações secretas sobre o tempo.  

Curitiba teve seu representante, um simpático publicitário que insistia ter criado um anúncio tão bom que fez até um pão francês vender mais do que café.  

Foz do Iguaçu trouxe João que nas horas vagas era um humorista de stand up, que disse que nadou até o fundo das Cataratas e encontrou uma civilização escondida que nunca viu o sol.  

De Francisco Beltrão, apareceu um senhor o seu Tonhão que alegou que tinha um pomar onde cresciam pêras recheadas com doce de leite naturalmente.  

Guarapuava enviou Sônia, que garantiu que já viu um lobo-guará ajudando a empurrar um carro quebrado na estrada.  

Irati surpreendeu com Carlos, que afirmava que uma vez conseguiu atravessar uma tempestade de granizo sem se molhar, porque as pedras desviavam dele por respeito.  

De Ivaiporã, veio Baiano, que na verdade tinha nascido no Ceará, que jurava que já pescou um lambari que sabia matemática, regra de 3 composta e cálculo de metros cúbicos de troncos de eucaliptos empilhados só de olhar e resolvia tudo tipo de contas mais rápido do que qualquer pessoa.  

Jacarezinho enviou seu mestre das histórias Zé Elias o nosso Forest Gump brasileiro, dizendo que uma vez viu um jacaré voando, mas ninguém acreditou nele porque era terça-feira e ninguém leva nada a sério nesse dia.  

Londrina apresentou dona Marieta, que jurava que sua horta tinha pés de alface que nunca murchavam, pois eram irrigados com água abençoada por um monge tibetano.  

Maringá enviou Cláudio, que garantiu que uma vez tomou um cafezinho tão forte que conseguiu correr de Maringá a Curitiba em meia hora.  

Paranaguá teve um pescador chamado Arnaldo que dizia que uma vez pegou um peixe tão grande que o bicho entrou na justiça para impedir sua captura.  

De Paranavaí, veio Zezinho, afirmando que uma vez viu uma estrela cadente parar no ar e decidir voltar porque percebeu que ia cair no meio do mato.  

Pato Branco daí trouxe Beto, que disse que sua vaca certa vez aprendeu a usar GPS e nunca mais se perdeu na fazenda, dai.  

Ponta Grossa foi representada por um senhor que alegava que os famosos Campos Gerais escondiam um portal para outro universo, mas ninguém podia confirmar porque ele nunca dizia onde estava.  

Telêmaco Borba teve um rapaz que afirmava ter criado um projeto para transformar serragem em dinheiro, mas perdeu a ideia porque um vento levou seus papéis.  

Toledo enviou Tião, que disse que uma vez viu um pé de milho dar pipoca pronta, já salgada e quentinha.  

Umuarama enviou um vendedor que afirmava que uma vez vendeu um carro invisível e o cliente estava satisfeito até hoje.  

E União da Vitória teve seu representante dizendo que um dia, sem querer, atravessou a ponte e acabou caindo no Paraguai, sem notar até voltar para casa e perceber que tudo que comprou era mais barato.  

No fim, o campeão foi Zezinho de Paranavaí, porque todos concordaram que uma estrela cadente desistindo de cair era simplesmente genial.  

E assim, ficou decidido: o Campeonato Paranaense de Mentiras seria realizado todo ano, pois, como diziam os jurados, não há nada melhor do que uma mentira bem contada para arrancar boas risadas.  

#FIM#

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