Num.tempo distente do futuro que ainda não chegou, o serbhumano deixou de se apresentar como homem e mulher ou macho e fêmea, a humanidade deu espaço aos Hermafroditas, os entrevistados era os últimos seres humanos com gêneros complementares em extinção, participavam de um famoso podcast do futuro...
🎙️ Podcast: “Eco da Última Geração”
Episódio: "Três Espelhos e Um Futuro"
🧬 Narrador:
Bem vindas ao novo episódio de nosso podcast semanal.
O tempo já não mais mporta. A espécie humana tinha se reinventou. Mas antes que a nova era engolisse a última faísca da antiga humanidade, naquele podcas três vozes se encontraram. Não para discutir quem tinha razão. Mas para lembrar. Para reconstruir. Para imaginar como seria o mundo quando os gêneros separados seriam em breve personagens de história e exemplares de um museu de seresxqye entregaram em extinção...
Maé (apresentador):
“Hoje, trago ao nosso espaço auditivo e tambem apresenta nas nossas redes sociais, algo raro: as últimas expressões das almas divididas. Aelyon, criado no padrãovde gênero masculino. Nyra, gereda no corpo estética e alma feminina. Sejam bem-vindos.”
Nyra (voz firme, levemente melancólica):
“Obrigada, Maé. Estar aqui... é como falar de sonhos que nunca me couberam.”
Aelyon:
“Sinto o mesmo. Sempre vivi me sentindo pela metade... Como se meu corpo carregasse o eco de alguém que nunca encontrei.”
Maé:
“E talvez esse alguém fosse... vocês mesmos. Um no outro. Ou os dois... Fundidos em sim”
Nyra:
“Curioso pensar nisso. Fomos treinados para buscar fora: o complemento, o par, o papel. E quando não achávamos, chamávamos de fracasso.”
Maé:
“No novo mundo, aprendemos que a alma não quer metade — ela quer espaço. Espaço para ser múltipla, inteira, em paz. Sem etiquetas.”
Aelyon:
“Filosoficamente, me intriga: será que o amor que sentimos era tentativa desesperada de reunião da alma?”
Nyra:
“Ou talvez... resistência. O grito de um corpo dizendo: 'não quero ser só ideia de alguém'. Eu lutei muito contra a moldura da feminilidade. Às vezes, eu era apenas projeção.”
Maé:
“Religiosamente, essa transição foi caos e renascimento. Algumas doutrinas resistiram, outras renasceram. Mas uma ideia prevaleceu: a alma é fluida. E, no silêncio do ser inteiro, ouvimos Deus com mais clareza.”
Nyra:
“E o mundo? Como ficou? Antropologicamente falando?”
Maé:
“Tribo virou teia. Família virou afinidade. Criança é semente de alma, não de útero. Não nascemos mais para cumprir funções — nascemos para revelar possibilidades.”
Aelyon (com voz emocionada):
“Então... vocês são o que seríamos se tivéssemos tido tempo?”
Maé:
“Não. Somos o que vocês plantaram ao dizer ‘isso não basta’. A dor de vocês abriu passagem.”
🌌 Narrador encerra:
Num último gesto, os três tocam as palmas das mãos. Três frequências, três memórias, e um só silêncio: o som do reencontro. O humano não terminou — ele se transformou.
#FIM#
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