O Concílio dos Arcanos do Tarot: O Destino de Astrid


O Concílio dos Arcanos: O Destino de Astrid

Na dimensão onde os símbolos do Tarot ganham vida, os 22 Arcanos Maiores reuniram-se em um grande círculo místico. O motivo do encontro? Decidir o destino de Astrid, a mulher que lia as cartas sem fé, apenas para lucro.  

A Sacerdotisa, guardiã dos segredos, abriu a sessão:  
— Astrid toca o Tarot todos os dias, mas seu coração não vibra com suas mensagens. Pode alguém usar o divino sem acreditar no poder que carrega?  

O Imperador, firme como pedra, disse:  
— As cartas são apenas símbolos. Quem tem disciplina e estratégia pode dominá-las, mesmo sem fé.  

A Imperatriz, cheia de graça e criatividade, ponderou:  
— Mas e se ela nunca permitir que o conhecimento floresça? O Tarot é um campo fértil, mas precisa de devoção para dar frutos.  

O Hierofante, mestre dos ensinamentos, ergueu sua mão:  
— O verdadeiro Tarot exige respeito. Quem o usa sem compreender seu propósito acaba perdido em ilusões.  

O Mago, que conhecia todas as possibilidades, sorriu:  
— Mas o destino tem seu próprio caminho. Mesmo sem crer, Astrid já está sendo transformada.  

A Roda da Fortuna, girando sem parar, brincou:  
— Todos os caminhos levam à revelação! Não importa se ela acredita ou não, tudo muda o tempo todo.  

O Louco, saltando entre os Arcanos, riu:  
— Talvez seu aprendizado venha quando menos esperar. Talvez, um dia, ela vire a carta errada e compreenda tudo!  

O Diabo, com um sorriso malicioso, provocou:  
— Mas será que isso importa? Ela usa o Tarot para lucro, como tantos humanos. Eles sempre colocam ouro acima da verdade.  

A Morte, calma e inevitável, decretou:  
— Ninguém toca nossas cartas sem ser transformado. Sua mudança virá, cedo ou tarde.  

A Lua, envolta em mistérios, sussurrou:  
— Ou talvez ela permaneça na escuridão... nem todo segredo quer ser desvendado.  

O Sol, brilhante e puro, interveio:  
— Mas um dia a luz virá! Quando menos esperar, ela verá o que sempre ignorou.  

O Pendurado, suspenso entre dois mundos, murmurou:  
— Às vezes, só ao perder tudo se compreende o verdadeiro sentido das coisas.  

O Carro, impaciente, bufou:  
— Mas ela está em movimento! Nada permanece estagnado para sempre!  

A Temperança, equilibrada como sempre, tentou harmonizar:  
— O fluxo natural da vida trará seu destino. Nem devoção absoluta, nem rejeição total.  

A Torre, com sua força destrutiva, rugiu:  
— Se não aprender por bem, aprenderá por choque! Nada que é falso sobrevive por muito tempo.  

A Estrela, esperançosa, iluminou:  
— Talvez haja um momento em que ela perceba o verdadeiro poder das cartas...  

O Eremita, sábio e introspectivo, aconselhou:  
— Só na busca solitária ela pode entender a verdade. No silêncio, as respostas virão.  

O Amante, com sua dualidade, ponderou:  
— Mas tudo depende da escolha. Astrid pode continuar na ilusão ou abrir-se para o Tarot.  

A Força, determinada, disse:  
— No fim, o verdadeiro poder nasce de dentro. Ela precisa sentir o Tarot, não apenas interpretá-lo.  

A Justiça, impassível, sentenciou:  
— Chegará o dia em que ela enfrentará as consequências. O equilíbrio sempre se impõe.  

Por fim, o Julgamento, erguendo sua trombeta, anunciou:  
— Seu momento de despertar virá. Será chamada a escolher: continuará no caminho vazio ou aceitará o verdadeiro propósito das cartas?  

E então, o Mundo, última e definitiva, decretou:  
— Independentemente da escolha de Astrid, o ciclo seguirá. Tudo retorna ao início, e ninguém pode escapar do próprio destino.  

E assim, os Arcanos Maiores concluíram sua discussão, aguardando o instante em que Astrid, entre suas leituras mecânicas e sua descrença, finalmente encontraria a inevitável verdade: o Tarot não pertence àqueles que o querem controlar, mas àqueles que estão prontos para serem transformados.  

E a roda do destino continuou a girar!

#FIM#

Alex Sandro Alves 


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