A Cidade Sussurra um conto de sexta-feira 13

  

Era uma sexta-feira 13 em pleno mês de maio de 2025, mas Yasmin uma jovem pertencente a geração Z, super ligada as maravilhas da tecnologia e sem superstições, sentia que algo estava errado desde o momento em que acordou. O vento cortava entre os prédios de São Paulo como se murmurasse segredos antigos, e cada sombra parecia se alongar além do natural.  

Com seus belos cabelos com mexas azuis, ajustou sobre eles seus fones de ouvido preferidos, deu play em sua playlist de músicas preferida e seguiu de volta para  casa após sair da faculdade, tentando ignorar o desconforto. 

No caminho, percebeu que os olhos das estátuas pareciam observá-la. Primeiro, achou que era paranoia, mas então notou algo estranho no reflexo das vitrines: pessoas sem rosto, imóveis na multidão.  

O metrô estava mais silencioso do que o normal, como se a própria cidade tivesse prendido a respiração. Quando Yasmin entrou no vagão, sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Uma senhora de cabelos brancos a olhava fixamente.  

— Não vá até o Largo São Bento hoje, menina. — A voz da mulher parecia sair de um abismo.  

Yasmin piscou, e a senhora sumiu.  

Tentou ignorar o aviso, mas ao chegar ao centro, viu placas com anúncios rasgados sobre uma lenda esquecida: O Homem Sem Rosto, um espectro que aparecia em noites de sexta-feira 13, esperando pelas almas que o enxergassem.  

Sua mente começava a ligar os pontos. Os vultos no reflexo. A cidade em silêncio. As sombras que a perseguiam. Então, ao passar em frente a uma loja escura, o vidro refletiu algo impossível: um homem parado atrás dela, alto, sem rosto, sem expressão, apenas um vazio absoluto.  

Ela virou-se num pulo. Nada.  

O relógio da torre da Catedral bateu meia-noite. O vento soprou mais forte e Yasmin sentiu sua visão escurecer. A última coisa que ouviu foi a cidade sussurrando seu nome.  

E então… silêncio.  

🚇👁️ Você teria coragem de andar pelo centro numa sexta-feira 13?

#FIM#

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