✨ Esse conto mistura mito e reflexão: o que chamamos de fraqueza pode ser, em tempos de crise, a maior força.
🌌 O tempo do reset novamente chegou
Há um sussurro antigo que atravessa eras, gravado nas pedras e nos ossos dos que vieram antes: a cada doze mil anos, o planeta se curva diante de um ciclo inevitável. Não é apenas o fim de uma civilização, mas o reinício de toda a ordem.
O prenúncio:
Os sinais começaram discretos — o céu tingido de cores estranhas, mares que recuavam sem aviso, e cidades inteiras engolidas por tempestades que pareciam ter vontade própria. Os sábios chamavam de O Reset, um fenômeno que não podia ser evitado, apenas aguardado.
A queda dos fortes:
A humanidade, em sua arrogância, acreditava que tecnologia e poder seriam escudos contra o inevitável. Mas quando o ciclo se cumpriu, os mais aptos — aqueles que se julgavam donos do mundo — foram os primeiros a sucumbir. Suas fortalezas ruíram, suas máquinas silenciaram.
A herança dos “mais aptos”
Curiosamente, não foram os reis, generais ou magnatas que herdaram a Terra. Foram os esquecidos, os considerados fracos, os que viviam à margem. Aqueles que nunca se adaptaram ao ritmo frenético da civilização mostraram-se resilientes diante do caos.
- Os que sabiam conviver com a escassez encontraram abundância nas ruínas.
- Os que eram desprezados por sua simplicidade tornaram-se guardiões de um novo equilíbrio.
- Os que carregavam cicatrizes invisíveis aprenderam a transformar dor em sabedoria.
O novo amanhecer
Quando o sol voltou a nascer sobre um planeta silencioso, os sobreviventes caminharam entre ruínas cobertas de musgo. Não havia mais fronteiras, nem bandeiras. Apenas o eco de um mundo que lembrava: a cada ciclo, a Terra escolhe quem merece continuar.
E assim, no tempo do reset, os “mais aptos” tornaram-se os verdadeiros herdeiros, reconstruindo não um império, mas uma forma de existir em harmonia com o que restava.
Por Alex Sandro Alves para o Blog O Escritor Dislexo
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