Era 12 de outubro, um dia especial no Brasil. As ruas vibravam com risos e brincadeiras, coloridas por balões e enfeitadas com o espírito de celebração. No Santuário Nacional de Aparecida, famílias reuniam-se para rezar, celebrar o Dia das Crianças e homenagear Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do país.
Entre os devotos, um grupo de crianças observava a imagem sagrada com olhos brilhantes. Sofia, a mais nova, apertava a mão do irmão, Lucas. De repente, como num sonho, a Santa pareceu ganhar vida diante deles.
— O que os traz aqui, meus queridos? — perguntou Nossa Senhora com ternura.
Lucas foi o primeiro a responder:
— Quero agradecer. Meu avô sofreu um acidente, e os médicos disseram que ele não voltaria a andar… Mas ele rezou para você, e agora já consegue dar os primeiros passos!
A Santa sorriu e olhou para Sofia, que falou com esperança:
— Eu queria que todas as crianças do mundo tivessem comida, casa e saúde.
Então, dona Marlene, uma devota fervorosa, se aproximou.
— Eu estava doente, sem esperança. Minha família fez uma novena para Aparecida e, no último dia, comecei a melhorar. Hoje estou aqui para agradecer!
João, outro fiel, tinha os olhos marejados.
— Perdi tudo, minha casa pegou fogo. Mas rezei com fé e, no dia seguinte, um desconhecido me ofereceu ajuda. Hoje tenho um lar novamente.
A Santa olhou cada um deles com carinho.
— A fé move montanhas — disse suavemente. — Quem crê, jamais está sozinho. Para aqueles que buscam minha intercessão, há uma oração que nunca falha.
Com voz serena, Nossa Senhora ensinou:
"Mãe querida, Senhora de Aparecida, a ti confio minha dor, minha esperança e meu coração. Intercede por mim e por todos aqueles que precisam de um milagre. Que tua luz ilumine meus caminhos e que tua misericórdia seja meu abrigo. Amém."
Os fiéis repetiram em uníssono.
Naquele dia, muitos milagres aconteceram. João recebeu a notícia de que sua esposa, contra todas as previsões, começava a se recuperar. Dona Marlene descobriu que sua doença havia desaparecido. Sofia, ao voltar para casa, viu sua mãe ajudar uma família sem comida.
Mas os milagres não se limitaram ao Santuário. Em outra parte do país, Rodolfo, um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em batalha e esquecido pelo mundo, encontrou consolo em sua fé. Embora sua vida tivesse sido marcada pela dor e pobreza, ele nunca deixou de rezar para Nossa Senhora Aparecida. Nos últimos dias de sua vida, sentiu uma paz inexplicável, como se sua luta não tivesse sido em vão.
E, em algum outro lugar, Ataliba, um homem que sofria com o frio e a solidão no sul do Brasil, encontrou um novo sentido para sua existência ao confiar na intercessão de Nossa Senhora.
A vida nem sempre é justa. Mas a fé tem o poder de iluminar até os caminhos mais difíceis.
#FIM#
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