Todos nós, cedo ou tarde, precisamos estar conscientes de uma verdade simples e profunda: a existência humana é feita de ciclos. Há um começo, um meio e um fim. Essa estrutura não é apenas cronológica — é simbólica, emocional e espiritual. A vida, como uma grande narrativa, se desenrola em capítulos que nos são dados com generosidade, mas também nos são retirados com sutileza.
⏳ A Alegoria do Tempo
A vida começa como um presente. Recebemos tempo, energia, possibilidades. Somos como campos férteis, prontos para florescer. Mas à medida que os anos passam, a vida começa a tirar. Não de forma cruel, mas inevitável. A juventude se esvai, os sonhos mudam, os corpos envelhecem. É como se o tempo, esse bem invisível e precioso, fosse emprestado — e aos poucos, devolvido.
Vida é tempo. E tempo é ciclo. O começo é o nascimento, o meio é a travessia, e o fim é a morte. Mas é no meio que tudo acontece. É ali que construímos, erramos, amamos, aprendemos. E, paradoxalmente, é o meio que mais negligenciamos. Ficamos presos ao passado ou obcecados com o futuro, esquecendo que o presente é o único lugar onde a vida realmente acontece.
🛤️ O Caminho Importa Mais que o Destino
Vivemos como se o destino fosse o prêmio. Como se houvesse um ponto final glorioso esperando por nós. Mas a verdade é que o caminho é o que nos transforma. O trajeto — com suas curvas, tropeços e paisagens — é onde reside o sentido. O fim, por mais inevitável que seja, não é o objetivo. É apenas o encerramento do ciclo.
A morte, esse fim silencioso, é muitas vezes ignorada. A maioria vive como se ela não existisse, como se fosse um erro do sistema. Mas ela é parte do ciclo. E estar consciente das três etapas da existência — começo, meio e fim — é um ato de sabedoria. Preparar-se para todas elas, especialmente para o fim, não é morbidez. É maturidade.
🌿 Conclusão: Viver com Consciência
Ser cliente da vida é entender que ela tem prazo. Que cada dia é uma parcela do tempo que nos foi dado. E que viver bem não é acumular, correr ou vencer — é estar presente, é valorizar o meio, é aceitar o fim com serenidade.
A vida dá. Depois, ela tira. Mas entre o dar e o tirar, há um espaço sagrado chamado agora. E é nele que devemos habitar com plenitude.
Pense nisso!
Autor: Alex Sandro Alves Autor do Blog O Escritor Dislexo
Comentários
Postar um comentário