Um conto especial para o dia do Irmão

Aqui vai um conto leve, divertido e inspirador de autoria de Alex Sandro Alves para o Blog O Escritor Dislexo, celebrando o Dia do Irmão com aquele toque especial — e no final, um poema para emocionar e homenagear todos os irmãos e irmãs do Brasil 🇧🇷✨

No dia 5 de setembro de 2025, a cidade fictícia de Paraisópolis do Sul na área litorânea de Minas Gerais, acordou com um céu hora azul e limpo hora querendo mudar para nublado e a  temperatura quente contradizendo a estação de inverno. Era o Dia do Irmão, e na casa dos irmãos Oliveira de Rezende , isso significava uma coisa: confusão, risadas e um plano mirabolante.

Lucas, o mais velho, tinha 17 anos e acreditava que sabia tudo sobre a vida. Já a caçula, Manu, com seus 9 anos e uma imaginação que não cabia nem no maior dos balões de festa, achava que o mundo era um grande parque de diversões. No meio deles, estava Rafa, 13 anos, o diplomata da família, que vivia tentando evitar que os planos dos irmãos virassem desastres épicos.

Naquela manhã, Lucas decidiu que eles fariam “A Missão Irmão 2025”: um dia inteiro sem brigas, com direito a café da manhã surpresa para os pais, uma caça ao tesouro no quintal e um show de talentos no fim da tarde. Manu, empolgada, já estava fantasiada de astronauta antes mesmo de entender as regras. Rafa, claro, fez uma planilha no caderno com horários e tarefas.  

O café da manhã foi um sucesso... quase. O suco de laranja virou sobre o pão, o cachorro comeu metade da manteiga, e Manu tentou fazer panquecas com farinha de mandioca. Mas os pais sorriram como se estivessem num comercial de margarina — porque, no fundo, sabiam que aquele caos era puro amor.

A caça ao tesouro envolveu pistas escondidas em lugares improváveis: dentro da geladeira, atrás da televisão e até no pote de ração do cachorro. Manu encontrou o “grande prêmio” — uma caixa com fotos antigas dos três irmãos, bilhetes trocados na infância e um chocolate meio derretido. Ela gritou: “Isso é melhor que ouro!”

No fim do dia, o show de talentos foi apresentado no quintal, com direito a plateia de vizinhos curiosos. Lucas tocou violão, Rafa fez mágica com cartas e Manu dançou como se estivesse em Marte. A plateia aplaudiu, os pais choraram de rir, e os irmãos se abraçaram como se tivessem vencido uma guerra — a guerra contra o tédio, contra as brigas bobas, contra o tempo que insiste em passar rápido demais.

E ali, sob o céu de setembro, os irmãos Oliveira de Rezende entenderam que o maior tesouro não estava escondido em pistas, mas nos momentos vividos juntos.

Poema: Irmãos, Essência do Coração

Irmão é riso que chega sem aviso,  
É abraço apertado no meio do juízo.  
É briga por controle, por último pedaço,  
Mas também é silêncio que vira abraço.

É quem te conhece sem precisar de legenda,  
Quem te defende mesmo quando não entende.  
É história contada em olhares e gestos,  
É raiz que sustenta os nossos manifestos.

Se a vida é estrada, irmão é ponte,  
É sol que aquece, é estrela no horizonte.  
No livro da alma, são páginas vivas,  
São versos eternos, são nossas trilhas.

Então celebremos, com riso e emoção,  
Esses laços profundos do nosso coração.  
Pois ter um irmão é ter mais que sorte 
É ter companhia até depois da morte.

FIM 

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