✨ Conto de Mitrache: O Silêncio de Eloy
Em tempos onde o aço falava mais alto que o coração, e os homens se armavam até os dentes para defender ideias que mal compreendiam, nasceu Eloy — um menino não binário que tinha uma estética que muitos a primeira vista o identificavam como do gênero feminino, de olhos baixos, voz trêmula e mãos que jamais se fecharam em punho.
Ninguém sabia, mas Eloy carregava em seu espírito o peso de um passado sombrio. Fora, em outra vida, um ditador temido, que governara com punhos de ferro e palavras cortantes. Seu nome, apagado dos livros por vergonha, ainda ecoava nos corredores do plano espiritual, onde os mentores da luz decidiram que sua alma precisava de redenção.
🕊️ A Reencarnação do Opositor da Guerra
Eloy veio ao mundo em meio à revolta. Nasceu em uma favela esquecida, cercado por violência, intolerância e redes sociais que mais feriam que conectavam. Mas desde pequeno, recusava qualquer forma de confronto. Apanhava na escola e sorria. Era chamado de covarde, e respondia com silêncio.
Aos 12 anos, recusou-se a jogar videogames de guerra. Aos 15, escreveu um poema que dizia:
> “Se o mundo me pede espada, ofereço flor.
> Se o tempo exige grito, dou meu amor.”
🌍 O Mundo em Chamas, Eloy em Paz
Enquanto líderes mundiais ameaçavam a terceira guerra mundial, e os algoritmos espalhavam ódio como pólvora, Eloy caminhava pelas ruas com um cartaz:
“Eu sou você quando escolhe não ferir.”
Foi preso por desacato à ordem. Chamaram-no de traidor da pátria. Mas na cela, curou o coração de um carcereiro com uma oração silenciosa.
📿 O Pagamento do Carma
Os espíritos superiores observavam com ternura. Aquele que outrora mandara matar, agora salvava com gestos. Aquele que gritara ordens cruéis, agora calava para não ferir.
Eloy não sabia, mas cada ato de paz era uma moeda de luz que pagava dívidas antigas. Seu corpo era frágil, mas sua alma brilhava como estrela em noite escura.
🌟 A Última Mensagem
Aos 33 anos, Eloy partiu em silêncio, vítima de um ataque que não revidou. Mas seu funeral reuniu milhares. Não por fama, mas por transformação.
Na lápide, uma frase psicografada por mãos invisíveis:
> “Aqui jaz quem um dia foi sombra, e escolheu ser luz.”
Que este conto inspire os corações endurecidos. Pois mesmo o mais temido dos homens pode, em nova jornada, ser o mais doce dos pacificadores.
Autor Alex Sandro Alves para o Blog O Escritor Dislexo
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