🧼 As loucas aventuras do Senador Phebo na terra de Avon
O Senador Phebo era um homem de princípios. Princípios perfumados, reluzentes e absolutamente livres de poeira.
Seu gabinete em Brasília era mais limpo que centro cirúrgico em comercial de desinfetante.
Tapetes aspirados três vezes ao dia, poltronas com capa de cetim e um difusor aromático que exalava lavanda francesa a cada quinze minutos.
Phebo não apenas acreditava na limpeza — ele a venerava como uma religião.
Mas tudo mudou quando, por um erro burocrático (culpa do estagiário que comprou viagem para “Avon” em vez de Nova Iorque nos Estados Unidos), o senador que a princípio tinha uma reunião secreta e lucrativa no centro Nova Iorque,
foi enviado a um lugar onde o glamour era uma lenda, e a limpeza... uma sugestão.
Chegada triunfal (e traumatizante)
O senador que dormiu durante a maioria da viagem, quando desembarcou no aeroporto e pegou um carro tipo Uber já agendado pelo estagiário, depois de horas de viagem chegou em um local onde o chão era de terra batida.
As paredes, de papelão. E o banheiro... bom, o banheiro era um conceito filosófico.
A diplomacia do desinfetante
Determinado a cumprir sua missão (e sobreviver sem tocar em nada), Phebo iniciou sua campanha diplomática: distribuiu lenços umedecidos como moeda de troca, ofereceu sabonetes em barra como presentes de Estado
e tentou convencer os líderes locais a adotar o protocolo “três borrifadas de álcool antes de qualquer aperto de mão”.
Mas a Terra de Avon tinha suas próprias tradições. Em vez de perfume, usavam essência de cebola.
Em vez de maquiagem, barro artístico. E o conceito de “glamour” era definido por quem conseguia manter uma unha inteira após escavar mandioca com as mãos.
O grande conflito: a Festa do Desleixo
O ápice da aventura veio com o convite para a tradicional Festa do Desleixo — um evento anual onde os habitantes competiam para ver quem estava mais sujo, mais desgrenhado e mais livre das amarras da higiene.
Phebo tentou recusar, mas foi informado que a ausência seria considerada um ato de guerra.
Vestido com um traje de gala impermeável, máscara N95 e luvas cirúrgicas, o senador compareceu.
Ao ver um homem mergulhar em uma piscina de maionese vencida, Phebo desmaiou.
Acordou três dias depois, cercado por nativos que tentavam curá-lo com chá de casca de batata e abraços suados.
Retorno triunfal (e traumatizado)
Ao voltar para Brasília, Phebo propôs uma lei que tornava obrigatório o uso de desinfetante em qualquer reunião diplomática.
Também fundou o partido “Higiene para Todos” e passou a usar um traje de astronauta em eventos públicos.
Mas, às vezes, à noite, ele ainda sonhava com a Terra de Avon... e acordava gritando: “LIMPEM A MAIONESE!”
FIM
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