“O Mar Serenou Dentro de Mim”: A História de João Pedro

🥁 “O Mar Serenou Dentro de Mim”: A História de João Pedro

João Pedro nasceu em 2003, em Ivaiporã, interior do Paraná. Cresceu cercado por smartphones, memes e playlists de trap e funk. Mas enquanto seus colegas se perdiam em TikToks e beats eletrônicos, João Pedro se apaixonava por algo que parecia vindo de outra era: o samba. E não qualquer samba — ele era devoto da voz de Clara Nunes.

🎧 Um Gosto Fora da Curva

- Aos 14 anos, enquanto navegava por vídeos antigos no YouTube, João se deparou com “O Mar Serenou”. A força mística da voz de Clara, os tambores, os orixás, tudo o arrebatou.

- Ele começou a colecionar vinis, frequentar rodas de samba em cidades vizinhas e até aprendeu a tocar pandeiro com um senhor da velha guarda da Portela que morava em Londrina.

📱 Geração Z, Mas com Alma de Raiz

- No colégio, era visto como “estranho” por preferir Clara Nunes a Billie Eilish. Seus amigos zombavam, mas João não se abalava.

- Criou um perfil no Instagram chamado @sambazeiro, onde postava vídeos explicando o significado das letras de Clara, como “Canto das Três Raças” e “Conto de Areia”.

- Seus vídeos viralizaram entre jovens que nunca tinham ouvido falar de Clara Nunes. Ele virou uma ponte entre gerações.

🌊 Clara Nunes: A Tal Guerreira

- João viajou ao Rio de Janeiro para assistir ao musical “Clara Nunes — A Tal Guerreira”, estrelado por Emanuelle Araújo.

- Lá, conheceu Branka, cantora que homenageia Clara e leva sua história até o Japão. João chorou ao ver a Velha Guarda da Portela no palco, sentindo que fazia parte de algo maior.

✨ Um Samba Que Transforma

- Inspirado por Clara, João começou a estudar religiões afro-brasileiras, a história do samba e o papel da mulher na música popular.

- Em 2025, lançou um podcast chamado “Samba de Dentro”, onde entrevistava jovens que, como ele, encontraram identidade e força no samba.

💬 Epílogo

João Pedro não era um anacronismo. Era um lembrete de que tradição não é prisão — é raiz. E como Clara cantava, “o mar serenou quando ela pisou na areia”. João pisou na contradição de sua geração e fez dela poesia.

FIM