Numa noite serena em Ivaiporã, o escritor Alex Sandro Alves adormece após refletir sobre o tempo, seus propósitos e os mistérios da existência. Ao cruzar o limiar entre o real e o mundo que muitos chamam de outras dimensões ou mundo dos sonhos ou mundo astral, ele se vê em um salão circular, onde doze figuras, cada uma com uma aura distinta, o aguardam.
Janeiro, o visionário — veste branco e prata, fala de recomeços. Diz: "Sou o alicerce do novo. Todo plano tem início em mim. A força que dás aos teus sonhos aqui define se virarão legado."
Fevereiro, o amante — irreverente e intenso, sorri e sussurra: "Celebra a vida antes que ela passe correndo. Valoriza o breve, pois até o mais curto mês pode conter eternidade."
Março, o semeador — mãos sujas de terra, olhos sábios: "É tempo de plantar ideias e atitudes. Tudo que semeias agora terá fruto. Mas escolhe bem o solo: coração ou vaidade?"
Abril, o poeta — chove palavras brandas: "Sou o da dúvida e da beleza. Os dias cinzentos também têm cor. Aprende a ver esperança mesmo nos aguaceiros."
Maio, o guerreiro gentil — postura firme, flor na lapela: "Luta pelo que importa, mas lembra-te de ser terno. A força sem doçura constrói muros, não pontes."
Junho, o contemplador — envolto em brumas frias: "Sou o silêncio entre os ruídos. Escuta mais o que não é dito. Às vezes, o coração fala quando o mundo cala."
Julho, o guardião — veste capuz e vigia as estrelas: "No meu frio, há abrigo. Protege o que conquistaste. Fortalece vínculos, pois o calor humano é o antídoto da solidão."
Agosto, o inquieto — andarilho incansável: "Sou o das reviravoltas. Se tudo parece parado, vem comigo. Chacoalho almas para que despertem."
Setembro, o renovador — folhas caem ao seu redor: "Desapegar não é esquecer. É limpar espaços para o novo crescer. Leves são os que aceitam mudar."
Outubro, o sábio encantado — fala com voz de vento: "Misturo aprendizado e magia. Tudo que viveste começa a fazer sentido aqui. Conecta os pontos."
Novembro, o ancestral — olhos profundos como raízes: "Sou memória e legado. Relembra os que vieram antes, honra tuas origens e projeta teu nome além do presente."
Dezembro, o alquimista da esperança — envolve Alex com luz dourada: "Fecho o ciclo e abro a alma. A maior lição que ofereço: tudo pode ser transformado. Gratidão é a pedra filosofal da tua jornada."
Alex desperta com o coração em festa, sentindo que o tempo não é inimigo, mas aliado. Cada mês não apenas passa — ele ensina. Ao olhar pela janela, vê o céu do Paraná como nunca: carregado de promessas e segredos recém-desvelados.
🌟 "O tempo não espera ninguém, mas ele concede doze chances por ano para que cada humano transforme seu presente em eternidade."
Alex rapidamente rascunhou tudo que ouviu nesta postagem de blog, antes que se esquecesse o que era importante e essencial... Antes que as rotinas e preocupações do mundo materialista com todas as suas lutas o fizesse se desviar do que realmente é importante: somos seres espirituais vivendo um outro sonho que todos chamam de vida real...
FIM
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