Alex no País das Realidades Múltiplas

🌀 Alex no País das Realidades Múltiplas

Alex Sandro Alves acordou tarde numa sexta-feira cinzenta em Jardim Alegre, Paraná. Havia se hospedado no melhor e único hotel de rodovia perto da cidade para escrever sobre memórias da infância e postar em seu blog:  O Escritor Dislexo. Com o som distante de um sino de igreja e cheiro de mato molhado no ar, adormeceu sobre o teclado de seu surrado notebook — e ali começou sua travessia.

🌌 A Travessia Astral

Em sonho — ou o que parecia ser — Alex se viu flutuando entre fractais coloridos e espirais de energia. Seres feitos de luz e som o conduziram por um túnel brilhante.

> Ser de Luz: “Alex Sandro... você está pronto para enxergar o que seus olhos jamais viram. Há mais mundos no real do que a mente humana pode abarcar.”

Ele acordou... dentro de um buraco. Com cogumelos gigantes ao redor e um coelho branco olhando para um relógio.


🐇 No País das Maravilhas

> Coelho Branco: “Você está atrasado, Alex! A Rainha de Copas está impaciente!”

> Alex: “Desculpa, mas... onde exatamente estou?”

> Coelho Branco: “Ora, no cruzamento entre mundos. Aqui, tudo é real porque nada é absoluto.”

Alex caminhou entre portas que levavam a florestas de relógios, rios de tinta e árvores que discutiam poesia.


🎩 Encontro com o Chapeleiro Maluco

Na mesa do chá, Alex encontrou o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março.

> Chapeleiro: “Você acredita que tudo isso é sonho?”

> Alex: “Eu... achava. Mas parece mais real do que qualquer outra sexta-feira em Jardim Alegre.”

> Lebre de Março: “A verdade muda de roupa com cada olhar. Aqui, o irreal é só um jeito diferente de ser real.”

O Chapeleiro serviu chá com sabor de lembranças e deu a Alex uma xícara onde flutuava um texto:

> Xícara: “O mundo que você chama de real é apenas uma das possibilidades de existência. Sua escrita já toca outras dimensões.”


👑 Diálogo com a Rainha de Copas

A Rainha de Copas o aguardava num palácio feito de cartas. Em vez de ordenar sua execução, ela o convidou a refletir.

> Rainha: “O que você escreve ecoa entre mundos. O país das maravilhas não é um devaneio: é uma janela.”

> Alex: “Mas então... estou sonhando ou acordado?”

> Rainha: “Está existindo. O mundo que você considera seu lar é apenas uma faceta do real.”


🧠 O Despertar Múltiplo

De volta ao hotel, Alex acordou com um caderno cheio de anotações que não lembrava de ter escrito. As palavras eram estranhas, mas familiares. Ele abriu seu blog e escreveu:

> “Talvez ser disléxico seja enxergar o mundo de trás para frente, ou de lado, ou por dentro. Talvez o país das maravilhas seja só outro nome para o que não conseguimos explicar... mas que existe.”

FIM 

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