Aqui está um conto inspirado no fictício diálogo entre um famoso professor de filósofia do seculo 21 na qual chamaremos de Hermes de Stefano e o lendário Sócrates da antiga Grécia, explorando o paradoxo da sabedoria que nasce da ignorância:
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A sabedoria que vem da ignorância
Sócrates caminhava por Atenas com sua postura serena e o olhar inquisitivo. O tempo não o havia envelhecido, apenas aprimorado. No entanto, naquela tarde, um visitante inusitado cruzou seu caminho: um catedrático professor de filosofia moderna Hermes de Stefano, surgindo como um viajante das eras.
Os dois se encontraram em frente ao templo de Apolo, onde uma inscrição intrigava filósofos há séculos: “Conhece-te a ti mesmo”.
Sócrates sorriu.
— Dizem que sou sábio porque sei que nada sei. Mas será mesmo a ignorância a origem da sabedoria?
Hermes de Stefano, com sua habitual eloquência, respondeu:
— Meu caro Sócrates, ignorar algo é reconhecer a vastidão do desconhecido. Quanto mais sabemos, mais percebemos o tamanho daquilo que ainda nos escapa. E assim, nasce o desejo de aprender.
Sócrates cruzou os braços, pensativo.
— Então, a busca pelo saber não parte do conhecimento adquirido, mas da ausência dele?
— Exatamente! — exclamou Hermes. — A ignorância bem compreendida é um motor para a curiosidade. O problema surge quando ela se transforma em arrogância, na certeza de que já sabemos o suficiente.
Sócrates inclinou a cabeça, absorvendo as palavras do professor.
— E como evitamos essa arrogância?
Hermes sorriu.
— Simples: cultivamos a dúvida e o desejo pelo saber. Quando deixamos de questionar, nos tornamos prisioneiros da nossa própria certeza.
Sócrates soltou uma risada.
— Então, talvez meu método seja menos um caminho para a verdade e mais um exercício de humildade?
Hermes colocou uma mão no ombro do filósofo e disse:
— Eis a grande sabedoria: o verdadeiro sábio não é aquele que acumula respostas, mas aquele que nunca abandona as perguntas.
E assim, entre as colunas do templo, Sócrates e Hermes continuaram seu diálogo, navegando pelo infinito oceano do pensamento, conscientes de que quanto mais avançavam, maior se tornava a imensidão daquilo que ainda não sabiam.
#Fim#
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